segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pensamento...

Retirado do filme 8 1/2 (1963), de Fellini:

"You've made the right choice. Believe me, today is a good day for you. These are tough decisions, I know. But we intellectuals, and I say we because I consider you such, must remain lucid to the bitter end. This life is so full of confusion already, that there's no need to add chaos to chaos. Losing money is part of a producer's job. I congratulate you. You had no choice. And he got what he deserved for having joined such a frivolous venture so lightheartedly. Believe me, no need for remorse. Destroying is better than creating when we're not creating those few, truly necessary things. But then is there anything so clear and right that it deserves to live in this world? For him the wrong movie is only a financial matter. But for you, at this point, it could have been the end. Better to quit and strew the ground with salt, as the ancients did, to purify the battlefields. In the end what we need is some hygiene, some cleanliness, disinfection. We're smothered by images, words and sounds that have no right to exist, coming from, and bound for, nothingness. Of any artist truly worth the name we should ask nothing except this act of faith: to learn silence. Do you remember Mallarme's homage to the white page? And Rimbaud... a poet, my friend, not a movie director. What was his finest poetry?His refusal to continue writing and his departure for Africa. If we can't have everything, true perfection is nothingness. Forgive men for quoting all the time. But we critics... do what we can. Our true mission is... sweeping away the thousands of miscarriages that everyday... obscenely... try to come to the light. And you would actually dare leave behind you a whole film, like a cripple who leaves behind his crooked footprint. Such a monstrous presumption to think that others could benefit from the squalid catalogue of your mistakes! And how do you benefit from stringing together the tattered pieces of your life? Your vague memories, the faces of people that you were never able to love..."

Jazz e Wayne Shorter



Estreando como co-fundadora do Blog, Mariana Carvalho.

Com um texto do Machado de Assis como primeiro post, não tenho muito o que acrescentar.
Queremos difundir cds, livros, compartilhar bons gostos e aprender. Nada melhor do que dividir coisas boas e, dessa maneira, multiplica-las. Espero que todos vcs apreciem um pouco disso e ajude-nos a escrever nessa partitura.
Estou com uma idéia de sugerir, além de musica, filmes e livros, eventos também. E um desses foi um que influenciou esse blog e o tema desse post.

Uma vez por mês rola uma AulaShow de Jazz na Casa Baden Powell, parceria com a Casa do Saber. A meia entrada custa 15 reais, um pouquinho mais que um cinema, mas são 2 horas de musica boa. E nada como um pouco de educação musical. O pessoal responsável selecionou uns caras que marcaram o mundo do Jazz e cada aula é sobre um desses caras. Eles falam sobre a vida do artista, obra e curiosidades, tudo recheado com musicas do próprio. Vale a pena.
Eu e meu co-autor fomos no ultimo que teve, sobre o saxofonista Wayne Shorter, o qual é a recomendação do dia. Ele pertence a safra de John Coltrane, Miles Davis e Art Blakey, chegando a tocar com esses dois últimos. Tem um estilo próprio, utiliza muita improvisação e talento, chegando a impressionar o próprio Miles. Recomendo o álbum que ouvi na aula de Jazz, Speak No Evil, de 1965. Porém, descobri um grande clássco dele, de 1974, Native Dancer, que conta com a participação do nosso ilustre Milton Nascimento. É, Wayne é um daqueles apaixonados pelo Brasil (é casado com uma brasileira, inclusive).

Bom, confirmaremos a data do próximo. Fica avisado que é no começo de Junho e que o artista selecionado é FODA. Um que todos devem escutar pelo menos uma vez na vida.
Fica(m) a(s) dica(s)

Beijos para todos

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Matita Perê (1973)


Salve!

Eu, como fã incondicional, não poderia começar aqui de outra forma. Tinha até uma outra idéia, mas não pude resistir a essa. Matita Perê (1973) de Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, chamado por uns de Tom. Por sinal, é dele a mão que melhor ilustra nosso blog - melhor imagem nunca haverá.

Sobre essa obra prima da música brasileira... É considerado pelos críticos um dos melhores cds do Tom. Segundo o próprio, ele o elaborou durante uma fase especial, baseada, principalmente, nas obras de Guimarães Rosa, como Grande Sertão: Veredas e Sagarana (leituras obrigatórias). Influência essa muito forte em suas músicas, principalmente na que nomeia o disco.

Para mim, é um som daqueles que arrepia, daqueles que te deixam pensando, daqueles que mudam os seus ouvidos e sua alma. Fundamental para entender nosso Maestro Soberano Antônio Brasileiro, nas palavras do Chico, e a música brasileira.

Nós! Escritos, Partituras e ... Nós!

Olá, pouquíssimos leitores!

Podem considerar esse blog como uma falta do que fazer. Mas, no entanto, nem sempre ficar sem ter o que fazer deve ser uma coisa inútil. Para isso, duas crianças resolveram criar isso aqui, na tentativa de difundir livros e cds e aprender também. Sabemos muito bem da inspiração em outras crianças que assim se divertiam, mas essa será nossa diversão, nosso brinquedo preferido. Meu nome deve estar justamente embaixo dessa postagem e a outra criança deve aparecer em breve.
Convidamos nossos amigos a se juntarem nesse trabalho! Ajudem-nos, por favor!

Para começar com o pé direito, seguimos com algo especial:

"AO LEITOR

QUE STENDHAL confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores, cousa é que admira e consterna. O que não admira, nem provavelmente consternará é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal, nem cinqüenta, nem vinte, e quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. [...] Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual, ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.

Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos cousas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado. [...] A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus." (Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis).

Observação! Não incentivamos a pirataria. Apenas disponibilizamos links JÁ existentes para a comprovação das besteiras que falamos aqui. Se você gostar do material, compre-o, ou esteja consciente de que está sacaneando o artista que você admira.